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Apresentação

A ideia para criar este blog surgiu no âmbito do tema da nossa Área de Projecto, que relaciona a saúde e os avanços da ciência e da tecnologia nos nossos dias com o quotidiano.

Escolhemos o tema da auto-imunidade porque está inserido no fascinante capítulo do livro de Biologia doptado pela escola, "Imunidade e Controlo de Doenças", e também pois a pesquisa será muito importante para a nossa vida profissional futura.

Neste blog postaremos inúmeras doenças auto-imunes, e esperamos que estas informações sejam úteis aos leitores.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

LÚPUS ERITEMATOSO

O Lúpus Eritematoso (LE) é uma doença inflamatória crónica cuja causa é desconhecida. Esta pertence ao grupo de doenças auto-imunes, o sistema imunitário, que habitualmente nos protege de estruturas que nos são estranhas, ataca os nossos próprios tecidos.
As formas como o LE se pode manifestar sao diversificadas, mas podemos separá-las em dois grandes grupos:
- LE cutâneo, benigno, em que as lesões se limitam exclusivamente à pele.
- LE sistémico, que implica múltiplos órgãos, entre os quais a pele, as articulações e o rim.
Entre os dois existem formas intermédias.
A causa que origina o ataque ao sistema imunitário no LE é desconhecida. No entanto, pensa-se que existe uma predisposição hereditária. É mais provável ter a doença quando existe pai, mãe, ou irmão com LE, mas não se sabe de que forma exacta os genes predispõem à doença. Na presença desta predisposição, alguns factores ambientais podem desencadear as manifestações da doença tais como exposição à luz solar, alguns medicamentos, infecções e alterações emocionais.
LE cutâneo benigno atinge igualmente ambos os sexis. É mais frequente entre os 35 e 50 anos. A lesão mais típica assemelha-se a uma moeda, com descamação e vermelhidão na periferia e uma área central clara, sendo a face a localizaçao mais frequente. As lesões de LE cutâneo benigno desenvolvem-se lentamente e permanecem na mesma localização durante anos, são limitados à pele e o prognóstico é óptimo, nao correndo risco de vida.
LE sistêmico incide sobretudo, mas não só, em mulheres jovens. A manifestação na pele é a primeira em 30% dos casos. As lesões são menos escamosas, mais vermelhas e mais elevadas que as de LE cutâneo benigno, e na face podem tomar uma disposição em borboleta. A face, área de decote, mãos e pés são as principais localizações. As lesões de LE sistémico instalam-se de forma rápida e evoluem por surtos. Em casos com grande envolvimento de órgãos vitais o prognóstico pode ser reservado, sobretudo nos casos com complicações mais graves.
Alguns sintomas como a febre, perda de peso e falta de força são frequentes. As articulações e os rins são frequentemente afectados. Outros órgãos, como os pulmões, o coração, o sistema nervoso, podem ser atingidos em menos casos.
Para o tratamento de lesões na pele, perante a suspeita da doença ou para seu controlo é necessário realizar um exame de um pequeno fragmento da pele (biopsias) de uma lesão cutânea e de pele normal; determinar no sangue anticorpos típicos desta doença; exames gerais (radiografia do tórax, exames ao sangue e urina); em alguns casos é necessario, exames específicos para cada órgão.
Na maioria dos doentes as lesões pioram com a exposição à luz, pelo que é importante evitar a exposição ao sol e usar, além disso, filtros solares eficazes. Nos doentes com LE cutâneo benigno, em muitos casos, a doença controla-se apenas com a aplicação de cremes anti-inflamatórios sobre a pele lesada. Nos doentes com LE sistémico, dado que vários órgãos internos estão afectados, é necessário tomar medicamentos por via oral, e em muitos casos durante anos. Frequentemente os medicamentos derivados da cortisona estão indicados, são muito eficazes e, em algumas circunstâncias, podem mesmo salvar a vida do doente.

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