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Apresentação

A ideia para criar este blog surgiu no âmbito do tema da nossa Área de Projecto, que relaciona a saúde e os avanços da ciência e da tecnologia nos nossos dias com o quotidiano.

Escolhemos o tema da auto-imunidade porque está inserido no fascinante capítulo do livro de Biologia doptado pela escola, "Imunidade e Controlo de Doenças", e também pois a pesquisa será muito importante para a nossa vida profissional futura.

Neste blog postaremos inúmeras doenças auto-imunes, e esperamos que estas informações sejam úteis aos leitores.

domingo, 18 de maio de 2008

SÍNDROMA ANTIFOSFOLÍPIDO

Neste caso, o sistema imunitário produz anticorpos que atacam certas proteínas presentes no sangue, o que provoca a formação de coágulos nas veias e artérias e outras condições mais graves como trombose venosa, rebentamento dos coágulos ou expansão dos mesmos aos pulmões. Acontece maioritariamente no sexo feminino e em pacientes com outras doenças como lúpus no historial (síndroma secundário). As causas envolvidas na sensibilização dos auto-anticorpos podem incluir infecções como HIV ou hepatite C, antibióticos e outros medicamentos ou mesmo uma predisposição genética.
Uma vez que os anticorpos atacam os fosfolípidos e as proteínas envolvidas na coagulação e na protecção das células (formação de membranas), o risco de desenvolver coágulos sanguíneos aumenta, especialmente se o paciente permanece muito tempo imóvel (numa longa viagem de avião ou de carro, por exemplo), é sujeito a uma cirurgia, tem níveis elevados de colesterol e pressão arterial, é fumador, toma contraceptivos orais ou está grávida. Uma vez formados, os coágulos podem estender-se pelo organismo causando trombose venosa, embolismo pulmonar, problemas de gravidez e no parto (hipertensão grave durante a gravidez), AVC. Menos comuns, mas também existentes, são sintomas como enxaquecas, demência e tonturas (quando coágulos obstruem o normal fluxo de sangue para o cérebro); borbulhas vermelhas com um modelo semelhante a renda nos pulsos e joelhos; doenças cardiovasculares; sangramentos do nariz, pele e gengivas (pela redução do número de plaquetas, também atacadas pelos mesmos anticorpos – trombocitopenia); descontrolo corporal; falhas de memória; perda de audição, depressões e outras doenças mentais.
O diagnóstico passa pela detecção dos anticorpos presentes, através de análises ao sangue. A terapêutica visa reduzir a tendência de coagulação do sangue, com doses de Heparina (Lovenox, Fragmin) possíveis em pacientes grávidas, Varfarina (mais fácil de administrar pois encontra-se na forma de comprimido, mas é desaconselhável em pacientes grávidas) e por vezes pequenas doses de aspirina. A administração dos anticoagulantes deve ser acompanhada pelo médico através de análises sanguíneas regulares.

1 comentário:

Laura Pinto disse...

Muito Obrigada por ajudar a perceber este Síndrome que tenho e que me confunde, pois pouco sei sobre ele e em outros sites e blogs pela net, usam uma linguagem tão cientifica que, para nós pacientes é chinês...
Até os médicos pouco explicam, apenas os riscos e pouco mais.